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15 de março, 2021

DTM: Entenda o que é a disfunção da Articulação Temporomandibular

Sentir o maxilar estalando ou a mandíbula travando é muito comum e, com certeza, você ou algum conhecido já passou por isso em algum momento. Contudo, quando essas disfunções ocorrem com frequência ou quando há dor envolvida durante o processo, é necessário ficar alerta. Pois, é possível que trata-se de uma DTM (Disfunção Temporomandibular), problema que ocorre na articulação que liga os ossos do ouvido aos da mandíbula.

Neste artigo sobre a DTM, você:

  • Aprenderá mais sobre ATM e DTM e entenderá como ocorre esse processo de disfunção da ATM 
  • Conhecerá os 5 principais sintomas da DTM
  • Verá os diferentes tipos de DTM
  • Descobrirá como tratar a dor e amenizar os sintomas desta disfunção
  • Saberá como pode desenvolver alguns cuidados especiais no dia a dia, para ter a rotina mais normal possível longe dos desconfortos da DTM

A articulação temporomandibular (ATM) e sua disfunção (DTM)

Antes de falarmos sobre a DTM, é preciso entender mais a respeito da região que ela afeta, isto é, a Articulação Temporomandibular, ou ATM. A ATM está localizada próxima ao ouvido, bilateral, que conecta o osso temporal à mandíbula. Em termos de complexidade podemos considerar esta articulação como bastante complexa, haja vista que além de ossos, a ATM também é composta de ligamentos, menisco e musculatura. Comandando, portanto, todos os movimentos da mandíbula, e maxilar inferior, desempenhando um papel importante nas atividades de mastigação e fala.  Por esse motivo, mesmo sendo pequena, a ATM é uma das articulações mais complexas do corpo humano.

Neste sentido, a DTM é a disfunção que acomete a articulação temporomandibular levando o paciente a desenvolver um conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação e/ou a articulação temporomandibular como um todo.

Não existe um consenso sobre as causas reais para o desenvolvimento da DTM, entretanto, pesquisas sugerem que traumas, predisposição genética e até depressão e estresse também podem fazer com que a DTM apareça. Associado a isto, temos ainda a presença de determinados hábitos de comportamento capazes de aumentar o risco do desenvolvimento desta disfunção, tais como: como apertar os dentes durante o dia ou a noite, apoiar a mão na mandíbula com frequência, roer as unhas e mascar chiclete. Algumas causas adicionais podem incluir:

– artrite na ATM,

– má postura,

– características anatômicas, relacionadas à formação da mandíbula durante o nascimento,

– hábitos como morder os lábios ou bochechas, hábitos como morder pontas de caneta,

– distúrbios do sono e dificuldade de dormir,

– bruxismo.

Os 5 principais sintomas da DTM

Por ainda ser uma disfunção pouco estudada, o diagnóstico é normalmente clínico, mas exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom podem ajudar o dentista a identificar a DTM. Contudo os exames não são analisados de maneira isolada de modo que nós também consideramos os sintomas relacionados, sobretudo quando há presença de dor, para confirmar ou descartar o problema e indicar o tratamento mais adequado.

Os 5 principais sintomas DTM, incluem:

  • Som de cliques ou estalos ao abrir e fechar a boca;
  • Dificuldade para abrir a boca;
  • Edema facial;
  • Enxaquecas fortes e recorrentes;
  • Dores intensas próximo aos músculos da mastigação e da articulação temporomandibular.

Outros sintomas pouco comuns podem incluir: dores no pescoço e nos ombros, mudança brusca no encaixe da mandíbula, sensação de “clique” ao abrir e fechar a boca e incômodo ao bocejar, flacidez nos músculos da face (especialmente os da região da mandíbula), cansaço no rosto principalmente ao mastigar.

Tipos de DTM

Existem três tipos principais de DTM: a muscular, que ocorre quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão; a articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação quanto por traumas ou até doenças degenerativas, como osteoartrose e artrite reumatoide; e a mista, aquela que une os distúrbios musculares e articulares. 

Como é realizado o tratamento da DTM e como amenizar os sintomas desta disfunção


Assim como em todas as enfermidades bucais, em caso de suspeita de DTM, o mais indicado é procurar atendimento profissional e especializado com um dentista de sua confiança. Principalmente porque a longo prazo, o transtorno pode trazer consequências graves e até irreversíveis para sua saúde bucal. Pois, uma vez que a DTM é uma disfunção articular, os problemas relacionados a ela podem gerar complicações  a exemplo de doenças degenerativas. As alterações na ATM impactam diretamente em nossa ‘mordida’ e também estão relacionadas a casos de depressão e ansiedade, que podem se agravar.

A boa notícia é que, sim, a DTM pode ser tratada – e, uma vez diagnosticada, o processo de cura pode ser muito tranquilo. Mesmo assim, sabemos que pode haver crises no caminho, por esse motivo separamos alguns recursos que podem ajudar você a superar o problema da melhor forma possível.

  • Compressas frias para controlar a dor durante crises,
  • Exercícios para relaxamento muscular,
  • Fisioterapia,
  • Cirurgia,
  • Acompanhamento psicológico (principalmente quando falamos de distúrbios que envolvem o sono e aumentam o estresse),
  • Medicamentos, principalmente anti-inflamatórios (sempre com acompanhamento médico).


Como a DTM pode ter diversos efeitos em nosso corpo, o indicado é realizar uma avaliação junto a seu dentista para entender as principais complicações. Há casos em que a DTM pede abordagem multidisciplinar e o profissional dentista precisará estar atento a isto.

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Cuidados especiais

Quem tem dor crônica precisa evitar tudo que possa gerar a sobrecarga da musculatura e a com isso comprometer a articulação mandibular. Por esse motivo alguns cuidados especiais são importantes para tornar o dia a dia de quem possui DTM o mais confortável possível e evitar crises. Esses cuidados incluem:

  • Evite apertar os dentes durante o dia forçando a mesma contração da mastigação;
  • Sempre que possível opte por não dormir de bruços, já que isso pode estirar os músculos da mandíbula e do pescoço;
  • Fique longe de alimentos muito duros;
  • Mantenha a boa postura de cabeça, pescoço e costas, pois isso ajudará a relaxar os músculos do sistema mastigatório;
  • Utilização de placas de mordida: indicada para pacientes que possuem o hábito de ranger os dentes enquanto dorme;
  • Se possível teste tratamentos holísticos. Neste caso uma boa dica é acupuntura uma vez que a prática auxilia a melhorar a quantidade de endorfina produzida pelo corpo, além disso a técnica ameniza a dor e reduz o estresse; 
  • Exercícios de fisioterapia: por meio de técnicas como eletroterapia, ultrassom e laser, eles melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade.

Ao desenvolver essas pequenas práticas no seu dia a dia e associá-las ao tratamento clínico com um dentista especializado, você contribui para ter melhores garantias nos resultados do tratamento de DTM. 

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