Sentir o maxilar estalando ou a mandíbula travando é muito comum e, com certeza, você ou algum conhecido já passou por isso em algum momento. Contudo, quando essas disfunções ocorrem com frequência ou quando há dor envolvida durante o processo, é necessário ficar alerta. Pois, é possível que trata-se de uma DTM (Disfunção Temporomandibular), problema que ocorre na articulação que liga os ossos do ouvido aos da mandíbula.
Neste artigo sobre a DTM, você:
A articulação temporomandibular (ATM) e sua disfunção (DTM)
Antes de falarmos sobre a DTM, é preciso entender mais a respeito da região que ela afeta, isto é, a Articulação Temporomandibular, ou ATM. A ATM está localizada próxima ao ouvido, bilateral, que conecta o osso temporal à mandíbula. Em termos de complexidade podemos considerar esta articulação como bastante complexa, haja vista que além de ossos, a ATM também é composta de ligamentos, menisco e musculatura. Comandando, portanto, todos os movimentos da mandíbula, e maxilar inferior, desempenhando um papel importante nas atividades de mastigação e fala. Por esse motivo, mesmo sendo pequena, a ATM é uma das articulações mais complexas do corpo humano.
Neste sentido, a DTM é a disfunção que acomete a articulação temporomandibular levando o paciente a desenvolver um conjunto de sinais e sintomas que afeta a musculatura da mastigação e/ou a articulação temporomandibular como um todo.
Não existe um consenso sobre as causas reais para o desenvolvimento da DTM, entretanto, pesquisas sugerem que traumas, predisposição genética e até depressão e estresse também podem fazer com que a DTM apareça. Associado a isto, temos ainda a presença de determinados hábitos de comportamento capazes de aumentar o risco do desenvolvimento desta disfunção, tais como: como apertar os dentes durante o dia ou a noite, apoiar a mão na mandíbula com frequência, roer as unhas e mascar chiclete. Algumas causas adicionais podem incluir:
– artrite na ATM,
– má postura,
– características anatômicas, relacionadas à formação da mandíbula durante o nascimento,
– hábitos como morder os lábios ou bochechas, hábitos como morder pontas de caneta,
– distúrbios do sono e dificuldade de dormir,
– bruxismo.
Os 5 principais sintomas da DTM
Por ainda ser uma disfunção pouco estudada, o diagnóstico é normalmente clínico, mas exames complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom podem ajudar o dentista a identificar a DTM. Contudo os exames não são analisados de maneira isolada de modo que nós também consideramos os sintomas relacionados, sobretudo quando há presença de dor, para confirmar ou descartar o problema e indicar o tratamento mais adequado.
Os 5 principais sintomas DTM, incluem:
Outros sintomas pouco comuns podem incluir: dores no pescoço e nos ombros, mudança brusca no encaixe da mandíbula, sensação de “clique” ao abrir e fechar a boca e incômodo ao bocejar, flacidez nos músculos da face (especialmente os da região da mandíbula), cansaço no rosto principalmente ao mastigar.
Tipos de DTM
Existem três tipos principais de DTM: a muscular, que ocorre quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão; a articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação quanto por traumas ou até doenças degenerativas, como osteoartrose e artrite reumatoide; e a mista, aquela que une os distúrbios musculares e articulares.
Como é realizado o tratamento da DTM e como amenizar os sintomas desta disfunção
Assim como em todas as enfermidades bucais, em caso de suspeita de DTM, o mais indicado é procurar atendimento profissional e especializado com um dentista de sua confiança. Principalmente porque a longo prazo, o transtorno pode trazer consequências graves e até irreversíveis para sua saúde bucal. Pois, uma vez que a DTM é uma disfunção articular, os problemas relacionados a ela podem gerar complicações a exemplo de doenças degenerativas. As alterações na ATM impactam diretamente em nossa ‘mordida’ e também estão relacionadas a casos de depressão e ansiedade, que podem se agravar.
A boa notícia é que, sim, a DTM pode ser tratada – e, uma vez diagnosticada, o processo de cura pode ser muito tranquilo. Mesmo assim, sabemos que pode haver crises no caminho, por esse motivo separamos alguns recursos que podem ajudar você a superar o problema da melhor forma possível.
Como a DTM pode ter diversos efeitos em nosso corpo, o indicado é realizar uma avaliação junto a seu dentista para entender as principais complicações. Há casos em que a DTM pede abordagem multidisciplinar e o profissional dentista precisará estar atento a isto.
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Cuidados especiais
Quem tem dor crônica precisa evitar tudo que possa gerar a sobrecarga da musculatura e a com isso comprometer a articulação mandibular. Por esse motivo alguns cuidados especiais são importantes para tornar o dia a dia de quem possui DTM o mais confortável possível e evitar crises. Esses cuidados incluem:
Ao desenvolver essas pequenas práticas no seu dia a dia e associá-las ao tratamento clínico com um dentista especializado, você contribui para ter melhores garantias nos resultados do tratamento de DTM.
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